sexta-feira, junho 06, 2014

[Crítica] A Culpa É Das Estrelas


Quando anunciaram que A Culpa É Das Estrelas iria virar filme eu fiquei com um pé atrás. Não é de hoje que “desconfio” de adaptações, porque na maioria das vezes fico um pouco decepcionada com elas. A escolha de Shailene Woodley e Ansel Elgort para o papel foi a primeira coisa que me deixou com o pé atrás. Eles não batiam com o que eu esperava, sabe? É óbvio que nunca um diretor/roteirista/etc vai capturar o que nós, leitores, sentimos ao ler uma frase. Nunca um filme vai estar no mesmo patamar que um livro. Mas ainda bem (e graças ao senhor Green, que acompanhou de perto as gravações) que isso não aconteceu com ACEDE.

É triste quando os detalhes dos livros são perdidos durante uma adaptação, às vezes uma frase faz falta e consegue tirar a “perfeição” encontrada no livro. A expectativa para ACEDE era enorme, o livro virou febre no Brasil, logo a chance do filme ser um erro era enorme. Mas não foi, muito pelo contrário. A produção acertou em quase tudo, a maior parte das cenas estava lá, praticamente todos os quotes memoráveis estavam lá.

Foi maravilhoso perceber o quanto teve dedicação para com o filme, e foi uma bela lição para a pessoa que vos fala não julgar atores apenas pela aparência. Shailene e Ansel poderiam não ser meus Hazel e Gus no início, mas agora eles são. No momento não consigo imaginar ninguém melhor para o papel deles. Cada frase sarcástica, um dar de ombros, uma inclinada na sobrancelha por parte de Hazel está lá. Da mesma forma que Ansel capturou a essência de Augustus Waters, seu sorriso de lado, meio debochado até, e sua metáforas.

E quantas metáforas estiveram presentes no filme. Eu sempre disse que A Culpa É Das Estrelas não é apenas um romance à La Romeu e Julieta, existe mais no livro (e agora existe mais no filme). A história, que deveria ser triste (porque né, é sobre câncer e tudo mais) não fala só sobre morte, a beleza se encontra na vida. Hazel e Gus vivem da melhor maneira possível, dado a sua condição.

Foi incrível perceber que cada escolha da Hazel e Gus esteve presente no filme. Cenas memoráveis estiveram presentes, a diversão do livro está lá. E também as partes emocionantes, que apertam o coração e te fazem questionar: “por que escolhi ver esse filme?”. Porque sim, foi isso que eu disse ao fim da sessão. Eu fiquei devastada, mas feliz (ok, MUITO feliz). O filme certamente correspondeu as minhas expectativas e eu aceito minha escolha de ter ido ao cinema hoje.

E você que ainda não viu, corra para o cinema mais próximo de você, okay? Okay.


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