Você quer acreditar?
Eu acho que esta pergunta foi um tapa na cara dos telespectadores e pros mais descrentes no projeto de Aaron Zelman e não apenas para o personagem de Kurtwood Smith a respeito da descrença de ter seu filho morto há 32 anos de volta, porque, embora eu não tenha depositado fé alguma, o projeto surpreende e, incrivelmente, empolga e cativa.
Claro que muita gente vai levantar a bandeira de que a série é uma cópia, um remake, um reboot, uma versão ou qualquer que seja o termo de Les Revenants, sucesso internacional do Canal+ da França e, na verdade, seja bem diferente na teoria.
Porque, sim, eu digo que na teoria a série americana seja baseada no romance The Returned, de Jason Mott, enquanto a série francesa seja baseada no filme também francês chamado They Came Back, embora a prática seja um pouco diferente, porque há claras evidências de similaridade em que poderíamos discutir por um bom tempo.
E não acho que seja este o caso. Vamos separar as laranjas dos limões. Les Revenants é obscura e brilhantemente sufocante por si só, é excelente por seus méritos. Agora é a vez de avaliarmos o que Zelman propôs.
E, quando fazemos isso com a isonomia crítica, vemos que, em primeira instância, tudo é incrivelmente bem feito e executado, com atuações muito bem pontuais e uma fotografia muito bem cuidada que consegue ambientar e caracterizar todos os sentimentos expostos pelo retorno do jovem Jacob.
De forma geral, a série contará como um garoto de 8 anos, Jacob, morto há 32 anos atrás em um suposto acidente em que caiu na água e sua tia pulou para salvá-lo, retorna dos mortos depois de todo este tempo da mesma forma que partiu e com as mesmas roupas, aparecendo, porém, do outro lado do mundo, na China. O piloto é baseado no retorno do garoto, de que forma ele chegou na China e quem é ele, exatamente.
E cabe ao Detetive de Imigração Martin Bellamy descobrir, para isso, Marty acaba quebrando regras e leva o garoto à Arcadia, onde ele supostamente teria morado. O retorno de Jacob levanta em discussão sobre por que motivos ele voltou, se era mesmo aquele Jacob morto há 32 anos ou se era mesmo um milagre.
Baseado nesta última, a mãe do garoto comprou a história e sabia que aquele garoto era seu filho. O pai, com questionamentos internos, custa a acreditar no que é, teoricamente, impossível. O contraste na aceitação é também um ponto interessante para a série e enriquece os diálogos entre os pais do menino.
Entretanto, o retorno do Jacob levanta questões importantes sobre o dia do seu afogamento, principalmente quando ele diz que na verdade foi ele quem foi ajudar sua tia Barbara e que havia um terceiro homem na cena, um suposto amante da tia e provável assassino, já que ele aparenta a ter empurrado.
E embora somos introduzidos ao Jacob e a sua história, a série nos deixa um bom cliffhanger que me convenceu de retornar para um segundo episódio, com mais um suposto morto retornando e que muito provavelmente conheceremos sua história no próximo episódio.
Vale registrar que a série registrou a maior audiência da semana na emissora graças ao bom empurrão gerado pelos comerciais inseridos durante a cerimônia de entrega do Oscar e parece que terá vida longa. A primeira temporada consiste em oito episódios e tem mais isso como igualdade com Les Revenants. Espero que seja só isso.
Eu acho que esta pergunta foi um tapa na cara dos telespectadores e pros mais descrentes no projeto de Aaron Zelman e não apenas para o personagem de Kurtwood Smith a respeito da descrença de ter seu filho morto há 32 anos de volta, porque, embora eu não tenha depositado fé alguma, o projeto surpreende e, incrivelmente, empolga e cativa.
Claro que muita gente vai levantar a bandeira de que a série é uma cópia, um remake, um reboot, uma versão ou qualquer que seja o termo de Les Revenants, sucesso internacional do Canal+ da França e, na verdade, seja bem diferente na teoria.
Porque, sim, eu digo que na teoria a série americana seja baseada no romance The Returned, de Jason Mott, enquanto a série francesa seja baseada no filme também francês chamado They Came Back, embora a prática seja um pouco diferente, porque há claras evidências de similaridade em que poderíamos discutir por um bom tempo.
E não acho que seja este o caso. Vamos separar as laranjas dos limões. Les Revenants é obscura e brilhantemente sufocante por si só, é excelente por seus méritos. Agora é a vez de avaliarmos o que Zelman propôs.
E, quando fazemos isso com a isonomia crítica, vemos que, em primeira instância, tudo é incrivelmente bem feito e executado, com atuações muito bem pontuais e uma fotografia muito bem cuidada que consegue ambientar e caracterizar todos os sentimentos expostos pelo retorno do jovem Jacob.
De forma geral, a série contará como um garoto de 8 anos, Jacob, morto há 32 anos atrás em um suposto acidente em que caiu na água e sua tia pulou para salvá-lo, retorna dos mortos depois de todo este tempo da mesma forma que partiu e com as mesmas roupas, aparecendo, porém, do outro lado do mundo, na China. O piloto é baseado no retorno do garoto, de que forma ele chegou na China e quem é ele, exatamente.
E cabe ao Detetive de Imigração Martin Bellamy descobrir, para isso, Marty acaba quebrando regras e leva o garoto à Arcadia, onde ele supostamente teria morado. O retorno de Jacob levanta em discussão sobre por que motivos ele voltou, se era mesmo aquele Jacob morto há 32 anos ou se era mesmo um milagre.
Baseado nesta última, a mãe do garoto comprou a história e sabia que aquele garoto era seu filho. O pai, com questionamentos internos, custa a acreditar no que é, teoricamente, impossível. O contraste na aceitação é também um ponto interessante para a série e enriquece os diálogos entre os pais do menino.
Entretanto, o retorno do Jacob levanta questões importantes sobre o dia do seu afogamento, principalmente quando ele diz que na verdade foi ele quem foi ajudar sua tia Barbara e que havia um terceiro homem na cena, um suposto amante da tia e provável assassino, já que ele aparenta a ter empurrado.
E embora somos introduzidos ao Jacob e a sua história, a série nos deixa um bom cliffhanger que me convenceu de retornar para um segundo episódio, com mais um suposto morto retornando e que muito provavelmente conheceremos sua história no próximo episódio.
Vale registrar que a série registrou a maior audiência da semana na emissora graças ao bom empurrão gerado pelos comerciais inseridos durante a cerimônia de entrega do Oscar e parece que terá vida longa. A primeira temporada consiste em oito episódios e tem mais isso como igualdade com Les Revenants. Espero que seja só isso.
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