Diários de uma fugitiva.
The Fosters é meu drama familiar favorito atualmente. E eu já abro este texto afirmando isso para que você entenda a minha relação com a série desde o primeiro parágrafo: amor. E eu sentia falta disso. Fazia tempo que uma série com essa temática e pegada familiar não me cativava e me emocionava tanto quanto The Fosters, série que eu apenas descobri pelo nome de sua produtora executiva - Jennifer Lopez - e graças à Camila Cerdeira que falou "mergulha nessa lindeza".
Na minha época de reviewer no Megastore Series eu iria cobrir a série e mostrar o quão bom era ela, mas por motivos maiores de falta de tempo acabei adiando os planos. Aqui no Floodadores, ia dedicar um texto da minha coluna Seri'ously pra falar dela (e se você não conhece a minha coluna onde eu falo só o que eu quero, vamos mudar isso agora), mas era pouco. Então vamos falar dessa lindeza semanalmente aqui por reviews. Conto com você pra isso.
Neste episódio de retorno - e repito, como eu senti falta disso -, temos as principais histórias sendo retomadas e partem exatamente da Lua de Mel das agora casadas, Stef e Lena Adams Fosters (sem o hífen, por favor), com Callie fugindo de casa com Wyatt e os arcos secundários como plano de fundo sendo alimentados por Mariana e Jesus.
Começando por eles, acho que foi a parte do episódio que eu menos me importava, talvez porque a Mariana nos tenha feito odiá-la no começo da temporada e venha sofrendo por um processo de torná-la mais "aturável" que antes, e que eu não tenho saco pra qualquer coisa que envolva ela, mas ela fez a boa amiga com Lexi, mesmo depois de uma crise de ciúmes por vê-la passando mais tempo com o Jesus do que com ela. O momento da despedida que a própria Mariana arrumou pra Lexi e Jesus é bonitinha, mas eu não sou obrigado a ver menino de 15/16 anos falar "eu te amo" e "que vai estar esperando" pela menina que vai embora de vez pra Honduras praticamente deportada por ser uma residente ilegal dos Estados Unidos. Gente, nessa idade a gente ama/desama/ama de novo/ama outro e segue a vida, sem essas frases tóxicas, por favor.
Porque a única coisa que importava, na verdade, no decorrer do episódio era Callie agindo impulsivamente e dando sequência a sua fuga com Wyatt. Entendo que a maioria não é muito fã das atitudes da Callie, que a acha egoísta e que não pensa nas consequências, mas na verdade é o extremo oposto. Callie é uma pessoa altruísta, ela quer o bem do irmão acima de qualquer coisa e pensa que sua presença é prejudicial pra Jude, porque a família Fosters é algo que o Jude mereça. E é por isso que eu gosto mais da Callie, embora eu discorde de algumas de suas ações.
O que Jude disse no último episódio de que ela era egoísta e que ela estragava tudo foi algo que levou sim ela a seguir esse rumo, e o momento mais bonito e emocionante do episódio acabou ficando com o diálogo do pequeno com Brandon, assumindo o erro e chorando.
Quem me surpreendeu nesse episódio foi o Wyatt, que eu sempre vi como uma pessoa irresponsável e imprudente, mas que ligou para Lena e Stef após ouvir o recado em sua caixa postal e dito onde ele e Callie estavam, ainda que a Callie tenha fugido novamente e ele tenha reconsiderado encontrar com Lena e Stef depois do momento "acordando abraçado" com ela.
Callie não ficou pra reunião de família e partiu fugida (isso mesmo), tentando encontrar um lugar pra ficar até que possa atingir o seu "futuro" e poder seguir sua vida sem se preocupar com lares adotivos, reformatório e orfanatos. Um diálogo que marca bem isso é sua "entrevista de emprego" na lanchonete, e como o conselho do proprietário do local deveria ter sido algo que ela deveria levar em consideração.
Mas a fuga parece terminar quando ela decide procurar pelo pai e liga para a prisão onde ele estava detido, mas que acaba descobrindo que ele já não é mais um detento há quase um ano. Note como Callie abre mão de lutar, de seguir fugindo, no momento que entra na lanchonete e não se importa com mais nada, nem com uma acusação de roubo.
Sobre os outros pontos, preciso dizer que eu ri de Mike tentando fazer o que Lena e Stef conseguem tão bem, uma manhã normal com a família, preparando o café e levando as crianças para escola. Assim como eu amei a interação da mãe da Stef com Jude, e a forma como ela, mesmo depois de indagar os motivos de querer acolher mais duas crianças, também aceita a adoção.
E o que mais me faz amar essa série: a relação da Stef com a Lena. De como elas, de uma forma tão diferente da outra, acabam se completando e fazem essa relação dar certo. E é tão sincero a cena no carro, em que elas acabam discutindo e acaba sobrando até para os copos da cerimônia de matrimônio delas, abandonados na beira da estrada.
Talvez o grande mérito de The Fosters não seja apenas ser uma série sobre família, mas querer sempre que seu telespectador imagine a cena como se ele fizesse parte do ambiente, como se nos colocasse na mesma posição que os seus personagens e nos fazer nos identificar com a história. Isso é tão difícil, mas a série faz com louvor. E é por isso que eu amo The Fosters, e é por isso que eu espero vê-los na semana que vem.
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