Deram gardenal pra Tia King, porque só isso explica.
Antes de qualquer coisa, desculpa pela demora, mas culpem a Miranda que veio me assombrar durante os últimos dias e não permitiu eu destilar minha sabedoria e compartilhar minhas impressões sobre Ravenswood e atrasar em sei lá quantos dias as minhas reviews, mas enfim estou aqui. Pronto pro samba, pronto pra trollada e pronto até para a história que estão construindo.
E por isso que eu disse que deram gardenal pra Tia King. Porque nada no mundo faz menos sentido do que uma história conduzida por essa senhora chamada Marlene King ter algum desenvolvimento de história, boa construção de arcos e uma boa pitada de suspense trash. Não sei se foram os números nada empolgantes da audiência dos cinco primeiros episódios, mas a equipe de produção da série acordou, se levantou das catacumbas de Pirulitolaiars (que parece que vai morrer e não ter solução) e decidiu contar a história de Ravenswood como deveria ter sido desde o começo.
Nestes dois episódios pós-retorno da série, eu não sei dizer qual foi melhor ou o que mais me chamou a atenção, porque ambos - pasmem! - foram competentes nos setores de desenvolvimento da trama e das questões básicas de entretenimento. A história, ainda que seja um mar de dúvidas e não traga respostas para as perguntas maiores, vem sido trabalhada com um cuidado e com uma ousadia que eu, confesso, nunca tinha visto com os produtores da irmã primogênita.
Por exemplo, o episódio "Revival" é o maior exemplo dentre estes dois episódios em relação a respostas. Por mais que ninguém saiba para quê maiores propósitos o pacto foi criado, nós sabemos como exatamente ocorreu, inclusive detalhes que em uma trama normal de Marlene King demoraríamos quatro temporadas, no mínimo, pra saber - isso se um dia viéssemos a saber.
Remy sonâmbula acabou vendo tudo que não devia e foi parar em 1917, no momento em que o pacto estava sendo formado - e que Calébis e Mirandona originais trepavam no mato, registra-se - e viu a reação das pessoas e como elas se sentiam perante a ideia de sacrificar a vida de cinco adolescentes para que uma alma não fosse perdida na guerra - repare que Calébis e Mirandona seguem trepando no meio do mato enquanto o presidente Woodrow Wilson declarava guerra à Alemanha (que foi? minha review também é cultura).
O mais emblemático na sequência, que tem cena de luta com espantalhos e ferramentas de plantio e cultivo (cujo nome eu não faço noção, porque de roça quem entende nesse blog é o menino Jão, não eu), é o que ocorre em seus minutos finais, com Remy vendo que o Reverendo que organizou o pacto entrega a folha com as assinaturas e a tal adaga esquisita para alguém dentro do carro da funerária Fulano, Ciclano & Collins (repare como eu reparo no nome das coisas - e lembro depois, só que não) e depois vira um corvo (!) e sai voando. O que é bem normal você no meio do mato, a noite, virar corvo e sair voando. O pessoal de Teen Wolf está a um passo disso.
Voltando para Ravenwsood e a Funerária Collins propriamente falando, Miranda decidiu assombrar a Sra. Grunwald, nos dando uma das melhores sequencias da série (sim, eu ri durante aquilo tudo e achei excelente), mas Sra. Grunwald tem um cão-de-guarda, que quase faz o fantasminha da Miranda mijar nas calças. E embora eles fizessem você acreditar que é alguém que Sra. Grunwald tinha uma quedinha no passado por causa do "eu também te amo", isso é logo resolvido - pasmem! ² - no episódio seguinte.
Sim, mesmo "Home is Where the Heart Is - Seriously Check the Floorboards" sendo um título horroroso de tão grande e acabar com nossos caracteres no Twitter, ele traz - pasmem! ³ - respostas. Sério, estou começando a achar que Tia King bateu a cabeça ou foi internada no Radley, porque isso está muito fora do padrão - é o medo do cancelamento, minha gente?
O cão-de-guarda de Sra. Grunwald é a própria mãe dela. Eles nos dão a entender que é a irmã, mas já na primeira cena você entende o que está acontecendo. Miranda vai até ela e começa a perguntar coisas sobre o pacto e sobre ela poder ser livre, mas Beatrice não quer ser livre, porque ela quer ficar e cuidar do seu "bebezinho" (aquele maracujá velho é o "bebezinho" dela, ok então), mas ajuda Miranda a ter sua jarra (ou como você quiser chamar aquele troço com o cabelo dela dentro) de volta.
Nos arcos separados, Papai Rivers apareceu e saiu de sua inutilidade pra ficar perguntando porquê Calébis terminou com Hanna e acabou ganhando uma casa acabada de brinde no bingo, digo, de herança pela morte do tal Henry velho do episódio 5. Próximo. Ah, sim, menina Remy, que tem a melhor história dessa porra toda, veja que agora ela começou a ser perturbada e seu sonambulismo é uma arma contra ela mesma, que quase mata menino Luke com uma facada nos olhos. Resultado: internada em uma clínica.
Menino Luke, embora pareça uma samambaia, tenta agredir policiais avulsos que bateram a cabeça da mãe na viatura - na cena mais pastelona ever da série - e também vai preso, mas Sr. Beuchamp (aka Pai da Remy) tira ele de lá. Aliás, tenho dó da família de Luke, que tem que aturar esse homem chato que é o Collins querendo dar comidinha na mãe deles e que é suspeitíssimo, ainda mais quando a tal adaga estranha é achada enterrada no quintal.
Note aqui o que não faz sentido: é dito que um cara encontrou uma adaga enterrada no quintal, mas com que direito esse cara tava desenterrando um quintal que não é dele? Ok, "sentido, cadê?" deveria estar em algum lugar desse texto, porque mesmo com gardenal, Tia King iria dar uma fora dessas, é claro.
Por fim, nos sobra menina Olivia, que liberou o Tobias dela pro Dillan, que desapareceu e que essa trepada no mato vai lhe causar sérios problemas. Olha como a moça é uma azarada: perdeu o lacre, o boy magya sumiu e agora é perseguida por esquisitos no meio da noite. E como o esquisito tem relação com Dillan, essa Tessa e a mini-Ali megaevil (chamarei aquela criança loira de mini-Ali, porque é o reduzido de "filhote de capiroto loiro"). Seguiremos acompanhando.
Espero que Ravenswood mantenha esse nível em seus próximos episódios e que a ABC Family mantenha essa coisa deliciosamente boa de tão ruim em nossas vidas, porque isso sim é bom. Melhor do que ficar esperando pra ver menina Sasha Pieterse de novo em Pirulitolaiars. Até a próxima.
A tempo...
... acho que Collins é pai de Luke e da Olivia, porque só isso faria sentido pra tentar uma reaproximação.
... somos obrigados a ficar vendo essa "aura" meio vermelha sobre a Beatrice? É tipo a Miranda brilhando: um cocô sobre mais bosta.
... queremos mais menina mini-Ali com voz de demônio ou em chroma-key de R$ 1,99, aquilo é o ápice dos episódios, por favor.
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