domingo, junho 22, 2014

[Review] Pretty Little Liars - 5x02 - Whirly Girl

Liars as Beatles. Porque a zueira não termina nunca nessa série.

Vamos aos fato rapidamente a respeito da demora não usual deste texto nesta semana gelada de São Paulo: o stream caiu, bateu preguiça de procurar um novo e esqueci de ver depois. Foi mal, culpa minha. Mas estou aqui pra dizer pra você, caro leitor deste veículo puro e maravilhoso que o episódio desta semana foi oh, bem bom.

É claro que para compreender a beleza míope que esta obra televisiva como Pretty Little Liars transmite precisa se esforçar um pouquinho e acreditar nestas histórias super críveis e super coerentes, e, assim como numa prova de saltos ornamentais, é preciso mergulhar de cabeça. Mas não se preocupe, depois que você parte pra plataforma dos 10 metros, cada mergulho é um flash. Solange Couto, onde quer que você esteja na geladeira da Record, será lembrada no meu coração.

Mas, falando sério, hoje farei uma coisa que dificilmente vocês me verão fazendo (principalmente em um episódio de Pretty Little Liars): elogiar o trabalho de edição e direção. É estranho depois de cinco anos parar pra tomar nota do trabalho de alguém, mas eu realmente fiquei impressionado com a forma que Joanna Kerns traduziu o roteiro em tela. Primeiro, pela cretinice de ter uma referência a "Abbey Road" (álbum dos Beatles com aquela fotografia emblemática dos músicos atravessando a rua homônima), depois pela utilização de transições e efeitos (clichês, eu sei, mas foram bons) de cena, principalmente no final do episódio.

Voltando ao que mais sabemos fazer neste lugar, vamos falar sobre o episódio em si. Este foi um episódio de retornos, primeiro de Alison à Rosewood de vez. Se apresentando à polícia e ao Detetive Hollaback Girl. Aliás, estou esperando ainda o dia que Hollaback Girl estará comendo banana. Minha referência a Gwen Stefani vai explodir aqui. Ok, eu estou viajando mais que Zeca Camargo no Fantástico. Foco.

Alison foi super espontânea e sem pressão alguma, só que não, falar pra polícia sobre o seu sumiço de 2 anos. Segundo consta no tabloide The Rosewood Harold, ela esteve trabalhando a cútis sob lama egípcia do Marrocos (?). Segundo consta no seu depoimento à polícia, no entanto, ela disse que foi sequestrada e mantida em cativeiro durante este tempo todo. Ela se refere ao seu sequestrador pelo pronome masculino, então, se deduz que é um homem. Mas como é mentira, ou não, não nos atentaremos aos detalhes do interrogatório.

Interrogatório que nos apresenta Papai DiLaurentis e mais conflito quando Jason, o meio-irmão cheio das boas intenções com Alison, é claro, retorna de sabe-se lá onde. Spencer e Ems, nossa dupla Sherlock e Watson, viu que Jason surgiu limpando o carro a noite, o que já é suspeito o bastante, e foi lá revirar o lixo do homem pra descobrir que ele fez um pit-stop em Nova Iorque. Note que, nesta cena, Ems ganha espaço e vira a mais esperta das cinco antas de Rosewood, o que é quase um milagre divino.

Eu já havia dito na review da finale que todas as suspeitas deveriam ficar em Jason e que este pequeno fato explicaria diversas pontas que já haviam sido trazidas para a série, como a relação com o clube NAT e com o fato de Jessica DiLaurentis tentar ocultar a verdade e proteger alguém (como é mostrado em um e-mail escrito, mas não enviado por ela), o surto por causa do cãozinho, as saídas noturnas do episódio e sua atitude mais megaevil que o usual, tudo indica que ele seja o responsável por todas estas ações. Eu achei que ele ficou meio surpreso na cena final, não sei se foi pela descoberta ou por ser descoberto. Até porque a própria Alison estava com um meio-sorriso tenebroso que me pareceu estar tão envolvida quanto Jason.

Ah, claro, ainda não falei sobre a cena. Pepe, que não é tão violento quanto o zagueiro brasileiro da seleção portuguesa, encontrou o corpo de Jessica DiLaurentis no quintal da casa da família, enquanto as Liars discutiam sobre Jason ser quem tentou assassinar Alison e ajudar sua mãe ter "desaparecido". A concepção da cena, apesar de a descoberta ser bem medíocre, é tomada por uma visão bastante interessante da diretora Kerns. O slow-motion, usual nesta série, deu um ar melancólico e sombrio pra Alison que minha interpretação ainda não é de total certeza de vulnerabilidade ou de... satisfação?

Qual é, a mulher viu alguém tentar assassinar sua filha e ela própria tentou enterrá-la, acho que se fosse eu estaria à lá Nelson de The Simpsons apontando e rindo de como karma is a bitch.

Nos núcleos adjacentes da trama, Aria está com a consciência pesada por ter matado Shana. Aliás, estou extremamente triste por não poder fazer mais piadas sobre buracos e orifícios escuros e molhados. Mas não se preocupem, Sydney LaDonna is coming. De volta à Aria, ela está tão neurótica que qualquer soneto de violino no iPod dela é motivo pra achar que -A está viva. Mas, assim como eles fazem questão de te lembrar durante cada framerate de episódio, -A está morta. Aham, aham, tá.

Mas Aria não deveria estar se preocupando com isso, mas sim que menino Michelangelo está querendo, mais que nunca, brincar com o pinel dele na Monalisa alheia. Note como menina Mona ainda é a rainha da vilania nesta série. Pode acontecer um terremoto no Tibete, ela ainda será -A de alguma forma. Foi assim intimidando Aria dentro da própria casa de Zoiudinha, foi assim intimidando Alison em uma de suas fugas repentinas pra visitar o próprio túmulo. Não sei se, no entanto, eu gosto deste arco de grupo anti-Ali, mas ainda é cedo pra fazer qualquer proposição.

Hanna, pra quem se pergunta, foi extremamente útil neste episódio pelos motivos de sempre: o melhor quote no melhor diálogo do episódio. Porque você pode se cagar nas calças de medo depois de ser abordado no meio da noite, no meio da rua, por quem você acha que é um assassino, mas não pode segui-lo com a calcinha borada. Hanna me representa.

Enquanto Spencer fica coçando o Toba durante 80% do episódio e não ter feito nada de útil, ficaremos esperando pelo próximo com a sensação de que esta temporada está começando bem. Quem diria? Marlene King deve ter pedido pros mesmos macumbeiros da Costa Rica darem um trato na série, porque só isso justifica. Enfim, até lá.

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