Eu sei que eu prometi que estava de volta e acabei não cumprindo a promessa de que, na quinta-feira seguinte, estaria de volta. Culpem as questões acadêmicas que impossibilitaram-me até de respirar de forma sã durante esse abril tenebroso. Entretanto, vamos dar as mãos, irmãos, que finalmente acabou essa difícil sina de escrever a minha monografia de conclusão de curso. É pra igreja glorificar de pé.
Embora eu não tenha cumprido a ideia inicial de retornar há algumas semanas atrás, eu não mentia sobre o assunto que seria tratado pelo texto seguinte: aberturas.
As aberturas, ou créditos de abertura, é um momento mágico para alguns dos fãs, era através destes pequenos clipes que éramos inertes ao ambiente da série. Não precisaria de mais nada. Claro, os créditos de abertura é o momento em que os principais envolvidos recebem destaque, mas poucas pessoas ligam para isso.
O que importa é a magia transmitida pelo simples fato de adicionar uma música especial e impor todo um significado ao atrelá-la ao nome de uma série, por exemplo. É quase impossível não relacionar Friends ao ouvir "I'll Be There for You", dos The Rembrandts, por exemplo. Ou relacionar "We Used to Be Friends", de The Dandy Warhols, à Veronica Mars.
E, embora eu gostaria de dedicar horas e mais horas debatendo aberturas memoráveis com você, caro leitor, vou poupar-lhes de tanto sofrimento aguniante em ficar lendo um texto gigantesco por aqui.
Antes de me baterem por esquecer de citar uma ou outra série, como a abertura sensacional de Game of Thrones ou a icônica sequência de abertura de The Simpsons, vou já deixar claro que o post não será sobre "as melhores e maiores aberturas de séries de todos os tempos", não, evitaremos polêmicas. O assunto abordado será, no entanto, "aberturas em geral que devem ser mencionadas simplesmente porque é bem feita e, talvez, você não conheça ou conheça e ame-as tanto quanto eu". Ufa.
Eu serei incrivelmente previsível e falar sobre a abertura que ultimamente arranca sorrisos só de ouvir a doce voz de sua vocalista: The Fosters. Interpretada por Kari Kimmel (uma linda que é dedicadíssima a seus fãs no Twitter, registra-se), a sequência de abertura, ao som de "Where You Belong", tem uma fotografia lindíssima e faz pequenos closes dos ambientes da casa dos Fosters. A música casa completamente com a trama da protagonista, em tentar se encaixar onde ela verdadeiramente pertence, depois de passar por tantos lares adotivos.
Viajando o Atlântico e, em homenagem às meninas Caroles e Robs que estão semeando seu couro em Paris, no gramado sob a Torre Eiffel, eu gostaria de prestar condolências à sequência de Les Revenants. Apesar de não ser cantada e puramente instrumental, a sequência é belíssima. Todas as inserções referentes a cada um dos personagens centrais da trama, exibida de forma melancólica e com uma pitada sombria, é carregada de simbolismo e incrivelmente bem ponderada.
Seguindo nossa homenagem ao couro e, agora à menina Nina, vamos falar de uma abertura que é polêmica. Polêmica porque alguns amam, como eu, ou simplesmente odeiam. A abertura de Orange is the New Black, ao som de "You've Got Time", como conceito é interessante, quando vemos inserções dos rostos de detentas, mostrando suas imperfeições, dá um toque especial ao contexto da série. Os que não gostam não reclamam disso, mas sim da escolha da música. A canção da Regina Spektor está longe de ser uma maravilha, mas eu particularmente gosto e acho que foi uma boa escolha sim para a abertura da série. Enfim, tire suas próprias conclusões.
A abertura de Masters of Sex é tão provocante quanto a própria série: são cenas que fazem você remeter imediatamente a cenas explícitas e atos insinuantes, e é, acredite, incrivelmente delicada e simples. Ah, um adendo importante: a equipe por detrás de tal obra é a mesmíssima equipe responsável pela abertura de Game of Thrones. Precisa de mais algum motivo pra dar play no vídeo abaixo?
Eu tenho, particularmente, um gosto quando a abertura da série já te posiciona exatamente onde você deve estar: preparado para qualquer coisa que vier da série. É assim quando temos aberturas mais fúnebres como as de The Killing, ou a de Sleepy Hollow, por exemplo, mas nenhuma delas supera Vikings neste quesito. O nível de tensão pelos instrumentais de abertura, de "If I Had a Heart", de Fever Ray, é tão absurdo que você não consegue desgrudar os olhos da tela em nenhum segundo.
Para encerrar essa playlist rápida, outra abertura que tem ares épicos e é incrivelmente bem montada pela música que utiliza em sua abertura, a canção "Far from Any Road", de The Handsome Family, com inserções tão insanas quanto seu próprio conteúdo, é True Detective. A abertura, carregada com simbolismos nas imagens, é perturbadora e sensacional.
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É claro que não dá pra colocar absolutamente tudo que eu gostaria neste pequeno espaço. Como disse nos parágrafos iniciais, poderíamos ficar discutindo por horas créditos de abertura de séries que sempre vamos acabar esquecendo ou deixando de lado alguma - embora eu tenha feito questão de linkar algumas por entre o texto.
E aí, qual destas aberturas mais lhe chamou atenção? Qual abertura você acha que é tão incrível que precisa ser compartilhada com o mundo? Mande seu comentário que você ganha um abraço virtual e meu amor eterno (que apenas algumas pessoas seletas possuem, olha que brinde maravilhoso).
Sobre a coluna: A coluna Seri'ously! apresenta a opinião do autor a respeito do mundo das séries.
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