Seri'ously #11 - Memórias de um Passado Nem Tão Distante Assim

Peço, antes de qualquer coisa, um pouquinho de compreensão de você, caro leitor, para com o texto que segue. Antes ainda, desculpas por que esta coluna deveria ter sido atualizada na semana passada, mas meu computador decidiu partir-se ao meio depois que eu o taquei na parede. Acontece. Mas esta semana, a coluna Seri'ously não traz temas pra discussão, temas opinativos ou críticas. Esta semana traz uma data que é importante para quem vos escreve e, por este fato, serei um pouco nostálgico e saudosista neste espaço.

Assim como na nota que inaugurou as atividades aqui no Floodadores, com este ser possuído pelo ritmo ragatanga e sem sentido nenhum, disseminando explicações avulsas sobre o complexo conteúdo aqui então encontrado, este texto traz algumas referências que vão além do Floodadores.

De fato, esta é a primeira vez que realmente paro pra pensar o quanto as coisas mudaram desde que adentrei ao mundo de crítico/resenhista, alcunhado como blogueiro de séries, ao fundar o meu próprio espaço. Há 3 anos, no entanto, as coisas se transformaram em algo que eu não esperava. O post de maior sucesso da minha vida. É por isso que esta data é especial, é por isso que eu estou aqui para relembrar, não para promovê-lo, mas sim porque esta é a primeira vez que aquela postagem completa um ano de vida e eu estarei longe dela.

Aquela postagem especial sobre Pretty Little Liars foi um dos primeiros materiais em português que contemplava toda a teoria geral das gêmeas. O trabalho de pesquisa não incumbia apenas em leitura de livros - naquela época até então sem tradução para o português -, mas em um processo complicado que buscava diversas fontes diferentes e referências dentro da própria série para sustentar os motivos de cada um dos nove suspeitos listados, mesmo baseando-se apenas em acontecimentos em míseros 14 episódios até então exibidos.

Todo o material, tudo que ali foi colocado, teve a inteção de ser trazido como algo único. Algo que em nenhum outro lugar você encontraria. Pois bem, a tática de abordagem foi tão boa que teve até fã-site grande copiando. Aliás, o plágio naquele post foi uma questão delicada, mas uma questão delicada que me apresentou a, talvez, uma das minhas melhores amigas no meio hoje em dia (e possivelmente pro resto da minha vida). Então àqueles que copiaram, meu muito obrigado, vocês me deram o relacionamento mais longo que eu já tive. Não, pera.

Aliás, não foi apenas este relacionamento, não foi apenas esta amizade. Todos que visitam o Floodadores hoje também deveriam ser gratos àquele texto. Sem ele, não teria conhecido Roberta Valentim. Sem ele, não teria conhecido Ananda Dias. Ou João Gabriel. Ou qualquer outro membro hoje da staff do Floodadores.

Chega até a ser absurdo a proporção que aquele texto, despretencioso e feito por fãs para fãs, alcançou. Acredite, ele detém sozinho, entre 1.221 textos publicados no Megastore Series, 15% de toda a visualização gerada no blog. E até hoje gera comentários. Quantidade que eu perdi as contas.

Aliás, foi através de comentários que boa parte do conteúdo daquela postagem foi construído. A comunicação entre todo o pessoal envolvido naquele texto com os seus leitores era o melhor de tudo, no final das contas. A grande diversão da semana era poder chegar naquele texto e atualizá-lo, gerar novas teorias, comentar sobre possibilidades e debater com vocês. Era para aquilo que fazíamos.

Olhando agora, três anos após tudo isso, eu posso dizer o quanto isso agregou em minha vida. O quanto isso foi importante para a minha formação crítica, para aceitar quando eu estava errado, pra me ensinar a ter controle, pra qualificar minha habilidade de escrita, pra formar minha rede de amizades cibernéticas. Única coisa que eu quero um dia fazer é poder falar o quão grato sou pessoalmente, acompanhado de uns bons drinks, porque ninguém é de ferro e a gente precisa celebrar a vida. E, agora sim, aos prantos, encerro este texto da única forma que eu poderia imaginar a dizer para você, leitor: obrigado.