[Review] The Vampire Diaries - 5x12/13 - The Devil Inside / Total Eclipse of the Heart

Katerina Petrova: mãe, doppelquenga, fugitiva, sobrevivente, rainha, sambista.

Dois episódios e duas medidas. Não sei mais o que acho dessa temporada de The Vampire Diaries, se fico revoltado pelo segundo ano seguido pelas cagadas seguidas que a equipe de produção e roteiristas têm cometido, ou se comemoro que aos poucos - tipo, a conta-gotas, mas ainda assim - que estão retomando o que a série já foi um dia.

Mas, apesar de tudo, se há alguma coisa a se exaltar é o trabalho de menina Nina Dobrev. Essa quenga talentosa que faz com louvor todos os seus projetos de quengas. Da original suicida, até a ex-vampira-viajante piranha, ou até a vampira-ex-humana-sonsa-ainda-sonsa.

Foram dois episódios em que Katherine brilhou, muito pelo fato de que colocaram Elena pra descansar no limbo esquecida e adormecida, com a nossa piranha se apoderando do corpo da doppelquenga chata por completo. Para isso, em "The Devil Inside", Katherine chamou azamiga. Quer dizer, convocou Nadia pra encontrar finalmente o feitiço que a faria ter controle por completo e colocar Elena pra dormir eternamente.

E digo-lhes, desde já, que nunca torci tanto pra um feitiço funcionar. Nunca torci pra nenhum truque maldito feito por menina Bonnie-Boca-Torta, mas neste eu rezei, juntei meus joelhinhos e macumbei para que tudo funcionasse. E funcionou.

Mas o episódio não fica só nisso, claro que não. Temos o Damon sendo um imbecil, porque imbecilizar o Damon parece ser o que Caroline Dries e Julie Plec estão empenhadas em fazer. Eu me lembro do Damon cagando e andando para o que as pessoas achavam dele lá nas primeiras temporadas da série, em como era um personagem que agia por agir da forma que bem entendia e considerava como seu ideal - nunca o certo, mas o necessário. O que vimos, principalmente nessa e na última temporada, foi um personagem que se mudou por outrem, apático da sua característica que o consagrou, se transformando em quase o ser mais repugnante da série (quase, porque há quem o supere). Eu não entendo de verdade o que estão fazendo com ele.

Em compensação, Stefan tem se tornado o único personagem masculino que tenha algum valor no meio da história. Ele cresceu como personagem, desenvolveram uma característica de empatia muito positiva nele e seus laços não são forçados, são orgânicos, e tudo tem sido feito para que ele possa crescer. Stefan é altruísta, abriu mão da pessoa que ama porque acha que ela torna seu irmão melhor. Quem faria isso? E, assim, a própria série fez com que Stefan seja bom demais pra Elena. Ela não o merece. Na verdade, Elena não merece nem o Matt Samambaia, porque né.

Aliás, note como Matt foi promovido de Samambaia para árvore frutífera, ainda fotossintetizando, mas servindo de curso intensivo de "Como Fingir Ser Elena" para Katherine. Coisa que continua em "Total Eclipse of the Heart", que com esse nome tinha a obrigação de ser bom, mas foi aquela coisa mérgh com a patente da dupla Plec & Dries.

O episódio foi basicamente um tutorial para iniciantes de "Como Destruir um Personagem Foda e Torná-lo Ainda Mais Imbecil". Sim, mais um episódio baseado na descaracterização de Damon. E mais um episódio que é chato, e puramente isso.

O que acontece é, depois que mataram o último Withmore, Enzo e Damon têm a brilhante ideia de ir atrás de Dr. Maxfield e todos ligados direta ou indiretamente com a Augustine. Uma coisa antes de qualquer coisa: Por que diabos eu tenho que ficar vendo essa história de Augustine? Não tava ruim o suficiente antes pra virem e defecar ainda mais sobre esse aterro sanitário? Não sou obrigado.

Assim como não sou obrigado a essa história de viajante. Eu já falei que eu não compro essa história por aqui antes, não? Enfim, o que acontece é: a história não é boa. Ponto. Não há discussão. A essa altura da temporada em outros anos, The Vampire Diaries teria entregue uma base mitológica inacreditável - inclusive ano passado, quando no 4x13, mesmo sendo o pior episódio da história da série, seguiu os rumos do arco de Silas e da cura. Se há algo a reclamar é: desapareceram com a mitologia da série. Não há mais aquele ar misterioso e convincente, que nos faça entrar em desespero pelo próximo episódio. Isso morreu. Eu não espero que a série exploda meus miolos, porque isso nunca fez, mas só espero que saiba entregar uma trama boa, inteligente, bem estruturada. É pedir muito?

Porque raptarem Jeremy pela zilionésima vez, querer usar bruxaria - ainda com uma avulsa! Se eu não suportava a Bonnie, imagina uma Hermione feat. Carrie wannabe, Brasil! - pra encontrar Maxfield e ter toda aquela cena. Argh, única coisa boa foi Katherine com nojinho de fazer boca-a-boca.

Mas no fim do túnel há uma luz: Maxfield, acompanhado de viajantes que servem pra sabe-se lá o quê, fizeram macumbinha contra Enzo e Damon, ingerindo aquela solução que faz um vampiro comum se alimentar de outro vampiro em Damon. Eu espero, de verdade, que Damon com vontade de dar comidinha em seus amigos vampiros resulte em algo bom, porque tá difícil de crer.

Assim como em Tyler, que é sim o personagem mais imbecil e repugnante de toda a série. Parabéns, Tyler, de híbrido fodalhão a idiota que ninguém quer, nem em The Originals, nem em The Vampire Diaries. Mereceu o soco do Stefan e achei pouco. Ele foi quem abriu mão de Caroline pra ir numa vingança contra Klaus, enquanto Klaus abriu mão de uma vingança pela Caroline. Agora, tirem suas próprias conclusões. Vou ali me deitar porque isso me deu sono. Até dia 27 de fevereiro, quando isso aí retorna.