Uma casa não é um lar.
No episódio desta semana de The Fosters, isso é levantado em discussão quando Callie tem o gostinho das consequências de suas ações ao fugir de casa e roubar uma lanchonete, voltando ao reformatório e trazendo de volta as discussões iniciadas no episódio anterior.
O grande ponto do episódio é sobre o que iria acontecer com Callie, mesmo que Stef e Lena queiram manter a vontade de adotá-la assim como a Jude. Brandon parece que virou homem de um episódio para o outro e finalmente decidiu colocar as cartas sobre a mesa e, finalmente, abrir a boca sobre o que fez para as suas duas mães, sobre ter beijado Callie e sobre ela ter possivelmente fugido por isso. Note que aqui temos o verdadeiro egoísmo, Callie não fugiu pela relação dela com o futuro-irmão-adotivo, mas sim porque essa escolha interferiria na vida do Jude. Cada vez que o Brandon anda abrindo a boca pra falar alguma coisa, dá vontade de arrancar os ouvidos. Enfim. Queria poder ser como o Jude e poder ter o gostinho de bater a porta na cara dele. Deve ser uma sensação incrivelmente boa. Isso se não for pra quebrar a cara dele, propriamente falando.
Para a Callie, diante dos novos fatos, acaba sendo levada para um lar coletivo, daqueles que funciona como um reformatório, mas não tem as limitações de prisão que o mesmo. E neste lar, Callie acaba encontrando a garota que lhe deu um soco na sua primeira passagem pelo reformatório, que tenta amenizar as coisas, mas que a nossa fugitiva acaba não aceitando muito lá as desculpas.
A grande lição do episódio para a Callie, eu não sei, talvez fique no momento da apresentação circular das suas companheiras de lar, sobre o que cada uma fez para ter chegado àquela situação e como Callie não se encaixasse naquele lugar, principalmente de que se ela continuar por esse caminho rebelde, talvez tenha um futuro similar ao que suas novas colegas têm.
E sobre a lição que fica para a Callie, note como Stef e Lena acabam sendo perfeitas na decisão de não levá-la para casa, aplicando a garota naquela situação mais como aprendizado do que como punição. E note como Stef e Lena são cada vez mais as mães mais amáveis da TV americana. Toda sua preocupação, os momentos de diálogo com cada um dos filhos, o cuidado com o Jude é simplesmente sensacional. Eu espero que sempre tenhamos isso na série, elas são a base de toda a construção e concepção da série.
Embora Callie tenha conquistado alguns privilégios em seu novo lar, ela os perde rapidamente por ter causado uma briga com Cole - que destruiu o box do banheiro, registra-se - e não poderá ver Jude no dia de visitas do lugar, mas isso não impede de Brandon aparecer e termos um final de episódio bonitinho visualmente. Brandon que, inclusive, terminou o namoro com a loira que minha memória seletiva fez o favor de esquecer o nome.
Mas o que eu quero mesmo é bater palmas para menina Mariana. Sim, eu ainda não gosto da personagem, mas eu odeio o Brandon mais do que a ela, e vê-la sim discutindo com ele ao lado de Jesus sobre o fato de ter beijado Callie e ter basicamente sido o responsável pela sua fuga fez a personagem ganhar pontos comigo, é bem verdade.
Só não sei se eu terei saco para aturar seu drama adolescente, se envolvendo com um garoto da escola e em uma peça teatral só para se aproximar, e trazendo Kelsey de volta da reabilitação pra trama, porque sempre precisam fazer algo para movimentar esse arco secundário. E se for furto à lá Hanna/Mona está valendo. É claro. Vamos ver até onde minha paciência vai durar para isso.
O plot desnecessário, com selo Miley Desnececyrus de qualidade, ficou por conta de Jesus e Mike, sobre tratamento alternativo através de luta greco-romana (wrestling). Não sei se fiquei com preguiça do arco, da cena, da sequência dele sendo derrubado pela tal Emma, ou o que foi. Só sei que revirei os olhos o tempo inteiro durante a cena.
No próximo episódio de The Fosters, no entanto, espero mais drama. Mais emoção. E mais confusão. Com coisas não ditas na garganta e mais Jude. E mais Lena e Stef. E mais The Fosters na nossa vida. Porque sim.
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