Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia
em que ele vai assassinar o ex- melhor amigo e depois se matar usando a P-38
que foi do avô, a pistola Reich.
Talvez no futuro ele conseguisse acreditar que ser
diferente é bom, até importante.
Mas não hoje.
Perdão, Leonard
Peacock definitivamente entrou para a lista dos melhores livros que já
li. Cheio de referências ao Holocausto e a toda a época da Segunda Guerra
Mundial, Matthew Quick faz exatamente o contrário do que fez em O Lado Bom da
Vida: escreve uma história que é carregada em drama e para você, que assim como eu, grifa os
melhores trechos pode se preparar, pois com certeza seus marcadores vão ficar
sem tinta. O modo como o livro foi escrito evidencia bem todo o drama de
Leonard e esse acaba se tornando um dos pontos mais positivo do livro.
O livro retrata a história de Leonard um jovem
definitivamente perturbado que sofreu um grande trauma quando mais novo. Esse é
o mistério que perdura todo o livro. Assim como em O Lado Bom Da Vida, sua
curiosidade é provocada. Em minha opinião esse é um dos grandes motivos que faz
o livro ser tão bom. Mas, além de Leonard há outro personagem que com certeza
ganhou vários fãs, confesso que o personagem principal ficou em segundo plano para mim, Herr
Silverman: o professor de história tão amado por Leonard e tão incompreendido
por todos os outros alunos, que nunca usa camisas sem mangas, nem às sextas. Porque o professor nunca mostra os braços? Essa passa a ser a
questão existencial de Leonard. A questão que poderia salvar sua vida. E a
resposta para essa pergunta foi o único ponto desapontador na história.
Perdão, Leonard Peacock vai despertar um lado em você, que talvez você nem fazia idéia de que existia, vai fazê-lo questionar sobre você mesmo e seu papel na vida das pessoas.O
leitor vai se divertir e se emocionar com os vários dramas de Leonard Peacock. Livro super recomendado.
“Eu me sinto como se
estivesse quebrado. Como se eu nunca mais pudesse me ajustar. Como se não
houvesse mais lugar para mim no mundo ou algo assim. Como se eu tivesse
ultrapassado o meu tempo de estadia aqui na Terra, e todo mundo estivesse
constantemente tentando me dar dicas sobre isso. Como se eu devesse apenas ir
embora.”
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