domingo, fevereiro 09, 2014

O Nostálgico “Random Access Memories”


Levou anos para ser produzido e apenas meses para ser aclamado como uma das grandes obras da discografia mundial. Recentemente levando cinco estatuetas do Grammy para a terra francesa, a dupla de robôs eletrônicos chamada de Daft Punk, conquistou não só as paradas, mas o mundo.

Random Access Memories é o quarto álbum de estúdio da dupla francesa de musica pop eletrônica Daft Punk. Lançando no fim de maio de 2013, a obra prima conta com participações gloriosas de Nile Rodgers, Paul Williams, Giorgio Moroder, Pharrell Williams e Julian Casablancas.

Carinhosamente chamado de R.A.M, o CD da dupla de robôs deve o seu sucesso nada mais nada menos que um trabalho glorioso de pesquisa, formato e publicidade. Oito anos depois do já esquecido “Human After All”, a ideia de tentar construir um disco surgiu em meados de 2008 e só foi se desenvolver após a trilha sonora de “Tron, o Legado” encomendada aos franceses.

Após essas breves linhas de contexto histórico da banda e do disco, eu tenho que dizer que: R.A.M é Sensacional. Logo após escutar o disco por três ou quatro vezes eu tinha certeza que não só seria um sucesso, como seria uma obra aclamada pelo mundo e pelos anos.

O mais engraçado é que R.A.M é considerado um CD eletrônico, mas para ir para as pistas o CD tem que passar por uma serie de remixes e efeitos de pista, e é isso que o torna fantástico. R.A.M veio com uma filosofia de não só prolongar os anos do quase esquecido “Dance” de Donna Summer e Companhia limitada, mas como a de promover novos nomes de talento.

Pegue rifs de guitarra, efeitos nostálgicos, batidas desaceleradas e grandes novas vozes, jogue tudo no liquidificador de um estúdio milionário e você terá algo parecido com o R.A.M, até porque esse disco é tão único que penso que nem mesmo a dupla de robôs franceses vão conseguir fazer outro igual.

Falando em grandes novas vozes, tenho que destacar a parceria divina do produtor R&B americano Pharrell Williams, que faz participações angelicais nas faixas de maior sucesso do disco (Get Lucky e Lose Yourself to Dance). O casamento de Pharrell e os Daft's deu tão certo, que por mim eles poderiam produzir mais 15 discos juntos nesse clima setentista dançante.

Penso que cada uma das 13 faixas trazem um significado único para que o escuta, eu por exemplo tenho um sentimento de sofrimento ao escutar "Horizon" e "Instant Crush" mas ao mesmo tempo tenho vontade de explodir sem roupa como um foquete da NASA ao sentir as batidas de "Lose Youself To Dance", "Get Lucky" e "Give Life Back to Music".  

R.A.M é uma obra ambiciosa, prepotente, soberba e destrutiva quando o assunto é sucesso. Acho que a parada de quase uma década da dupla, deu folego para se reinventar e produzir um feito que pode ser comparado ao cometa Halley, difícil de ver em uma vida toda. 

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