segunda-feira, fevereiro 17, 2014

[Review] The Fosters - 1x15 - Padre

E eles fizeram de novo.

Como se isso fosse alguma novidade: o dia em que choramos, de novo, com The Fosters. Chega a ser repetitivo se eu fosse ficar falando que eu chorei com algum episódio dessa série. Pra falar a verdade, ultimamente tem sido usual chorar com a família Fosters. O não-usual é não chorar, apesar de nos dois últimos isso não ter ocorrido.

Fato é que este episódio me deixou no chão. Estirado ao relento. Pensando em um milhão e meio de coisas e, ao mesmo tempo, em nada. A forma como as coisas são expostas na série é o que me faz amar cada segundo do que é exibido. Cada frase proferida de diálogos densos e incrivelmente trabalhados dentro do roteiro, onde sua aplicidade é diluída e faz da cena algo tão ordinário, é especial.

O fator ordinário torna as coisas ainda mais reais. Mais palpáveis. Mais intimistas e objetivas. E é assim que The Fosters acerta, porque é através das situações propostas que são apresentadas que nos colocamos no lugar de cada um dos personagens.

A coisa mais louvável, no entanto, no processo da criação deste episódio é a direção. O roteiro é perfeito, mas a inserção do olhar de Millicent Shelton leva a coisa a outro patamar. E aí vem as atuações isoladas de cada um, e eu só quero abraçar todo esse elenco competente.

O episódio, em si, se inicia com o fato de que o pai de Stef morreu, mostrado na sequência final do episódio anterior, e como isso tem atingido à própria Stef e as pessoas em seu entorno, principalmente em Callie e sua escolha de independência.

Aliás, Callie recebeu a autorização para poder participar do memorial de Frank e, com isso, somos apresentados ao seu passado, com as inserções por meio de flashbacks rápidos durante outras cenas. Perceba como o olhar de Shelton sobressai sobre tudo que é apresentado, a forma como isso é inserido é brilhante e me deixou boquiaberto - enquanto eu não estava chorando.

Callie surtou com a morte de sua mãe, destruiu todo o quarto, acreditava que havia sido Jude que o fizera e parte de sua agressividade era produto da culpa: ela não deu um beijo de despedida em sua mãe. A sequência, ainda que simples, é forte e rica. O que restou para Callie foi um medalhão de sua mãe, mas durante o memorial de Frank ela o perde, surtando mais uma vez.

Quem coloca Callie no lugar é Stef, quem a reconforta é Stef. E isso desperta a única necessidade para Callie enquanto adolescente: ter e pertencer a uma família. Aliás, eu acho que isso era claro desde o princípio, a preocupação dela com Jude é por ter uma família e, de fato, essa foi a sua tão citada lição dentro do Girls United.

Assumindo que sua necessidade maior é ter uma família, alguém pra olhar por ela, pra cuidar dela, pra apoiar ela, Callie decide encerrar seu relacionamento com Brandon. Este que, por mais que os fãs do casal defendam, eu tenho mais repúdio.

Neste episódio, por exemplo, mesmo ocorrendo um velório/memorial, Brandon sugere pôr suas necessidades acima dos sentimentos dos outros ao querer assumir o seu tão aclamado amor por Callie. Ainda que Callie diga que o ama, eu acho a relação forçada e incoerente, dentro do universo da série - e até fora dele, porque né. Ainda prevejo que o Brandon vai acabar prejudicando a Callie em algum ponto com isso que ele chama de amor, mas vamos acompanhando enquanto isso.

Voltando a Stef, ela acaba descobrindo as pílulas de vitaminas pré-natais de Lena e começa a agir de forma direta com a mesma, mas um entendimento errôneo de suas atitudes levam Lena a crer que Stef descobriu um artigo sobre Mike, que falava sobre o tiroteio na casa da mãe de Mariana e Jesus, coisa que pode acabar custando o emprego não só de Mike, mas de Stef também.

Ainda assim, Stef tem o momento que mais me tocou em um episódio tão lindo quanto este, seu momento dentro do carro, a neve caindo e dizendo que perdoava o pai, após seus desentendimentos a respeito de sua sexualidade. O momento, e o episódio, se encerra com Lena entrando no e Stef indagando sobre a vontade dela em ter um bebê. Assunto para o próximo episódio.

Nas tramas adicionais, Mariana esteve um pouquinho desconexa, interagindo um pouco com todos os personagens do núcleo, mostrando seu fraternismo com Callie, sua relação de irmã intrusa com Jesus e até tendo um momento de interaçãocom Jude e Connor. Jude, aliás, aproveita um tabuleiro Ouija para tentar se conectar com sua mãe e saber se ela aprova a sua adoção por Lena e Stef. E Jude chamando Lena de mãe é fofo e agrega valor. É claro.

Tem Lexie surgindo em videochat e Jesus e Emma quase se beijando, mas isso a gente esquece porque ninguém se importa. O que importa é o que está por vir, Callie deve se juntar aos Fosters novamente, voltar ao ambiente escolar e Mariana sair da suspensão, com a resposta de Lena para a pergunta de Stef. Seguiremos acompanhando.

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