Por uma vida com menos Brandon, por favor.
Eu estava com um excelente bom humor, achei que viria só falar lindezas por essa beleza primorosa e deliciosa que é The Fosters, mas eu me irritei. Não sabia se era por causa desse amor tão passional e incontrolável do Brandon pela Callie (note que é dele por ela, nunca o inverso), se era pela atitude da Kelsey ou se foi pelo menino who avulso que eu nem fiz questão de decorar o nome pelo soco em menino Jesus, mas eu me irritei. E entenda: isso é bom.
Um programa como este tem o dever de tirar o telespectador da zona de inércia em frente a TV e toda vez que eu me proponho a ver algo, eu quero que mexa comigo de alguma forma irracional e que me faça realmente com que eu sinta algo. Tudo bem que nos episódios anteriores era algo mais sensitivo, menos agressivo, emotivo, mas sempre que The Fosters põe algo na tela, é pra te tirar dessa zona. E este é o ponto que a série acerta. Certo ou errado? Bom, depende do ponto de vista de cada um.
E no meu é que a série tem acertado, mesmo quando investe em algo que realmente tenha me tirado um pouco a paciência como são as atitudes do Brandon como um personagem (sobre a Kelsey e o avulso são situações diferentes desta, registra-se). Eu não acho que o Mike esteja certo em seu passado alcoólatra, mas o garoto jogar atitudes do passado em um momento de nervosismo foi sujo, golpe baixo e que ele não tinha direito algum de fazer isso.
Se ele estava incomodado com o fato de ter recebido uma ordem de restrição e ser proibido de ver ou chegar perto da Callie passivo de prisão, ele deveria estar bravo era consigo mesmo porque foi ele quem causou isso diretamente, não jogar o peso da culpa acusando o próprio pai com assuntos do passado. A cena no passeio que as garotas do lar coletivo faziam e que Callie sumiu pra se encontrar com ele teve minha trilha sonora de "pega eles, Rita!", mas seria prejudicial para a Callie e somente ela, então agradeço as ações da Daphne, salvando a pele da Callie.
Assim como a Callie faz, no momento em que eu mais gostei de todo o episódio: a questão do Cole. A questão na sociedade onde se encaixa um transexual sempre foi atual e é importante que alguma série faça isso (e de forma correta, não a desgraça sem tamanhos que faz Glee, por favor). O ponto é, Cole é homem, sua concepção de vida é com uma visão masculina, seus trejeitos são masculinos e seu comportamento também, o fato de ter nascido no corpo de uma mulher não muda o que seu ser é: um homem. Callie e parte das garotas da Girls United defendendo Cole quando o rapaz o insulta é lindo, assim como a conversa em grupo e o significado emblemático de toda a sequência. E, obrigado, Cole, por pegar esse celular que o Brandon deu pra Callie e tentar colocar nossa protagonista nos trilhos, porque se depender do Brandon, largando aulas de piano pra guardar dinheiro, estamos todos tremendamente fudidos.
Nos arcos secundários, temos o retorno da Stef ao trabalho com um parceiro "tiranossauro sexista", excelentemente descrito pela própria personagem, e deixando Lena completamente nervosa e ainda insegura por conta do tiro que a esposa levou. Jude, enquanto isso, chegou a me fazer sentir dó, pelo contexto do medo de ser mandado para outro lar e lá não poder ter comida suficiente. A cena é tão forte e significativa que é tocante.
Sobre Jesus, vai seguindo o seu sub-arco com wrestling e com a Emma, curiosamente eu gostei da interação deles e da cena em si, ainda que ele tenha levado um murro na cara do who avulso que eu não me dei o trabalho de decorar o nome, como já citado, e ter feito Lena suspender o "ritual de iniciação" que causou todo o incidente.
Mariana é quem mais se deu mal no episódio e que eu me importei, pro choque da sociedade, com ela. Kelsey, essa vaca de amiga, quis furar o olho de menina Mariana e querer ficar com Chase, mas que demonstra interesse e beija Mariana. Claro que Kelsey não pensa duas vezes e prejudica a própria "amiga", contando à diretora que foi Mariana quem forneceu as pílulas roubadas de Jesus e que ela teria furtado o chapéu da loja. Mariana, com isso, foi suspensa e suas mães a proibiu de continuar na peça - e com Chase, indiretamente.
Bom, enquanto Stef é proibida de visitar Callie pra saber como ela está, nos juntaremos à ela e ficaremos esperando pelo Dia da Família, por um novo episódio de The Fosters e para que Callie reencontre Jude, eu prevejo eu chorando. Anotem aí.
EM TEMPO: ABC Family confirmou ontem (27/01) que The Fosters recebeu a encomenda de um web spin-off, chamado The Fosters: Girls United. Serão cinco websódios baseados nas garotas do lar coletivo, com Maia Mitchell confirmada. Me abraça, gente. \o/
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