Sabe aquele momento que você entra numa galeria de arte, se
depara com um quadro estranho, analisa, faz um critica superficial e então
desiste de entendê-lo? Pois então, o quadro em questão é a obra audiovisual
chamada ARTPOP, lançada em novembro, que pertence a artista mais polemica da
década, Lady Gaga.
O assunto “ARTPOP” é tão polemico, que pretendo ser
totalmente imparcial quanto a artista e a obra. Essa que não deve ser
considerada uma resenha, uma critica ou até mesmo um texto apelativo, mas sim,
um momento de reflexão!
Quando as primeiras noticias saíram sobre o novo trabalho de Lady Gaga, milhares de fans, críticos, produtores e simpatizantes, empurrados pelo
sucesso publicitário e nas paradas do falecido “Born This Way”, aguardavam
hits, batidas, letras apelativas e clipes cada vez mais estranhos vindo de
Gaga, ou seja, mais do mesmo.
Mas após as primeiras musicas liberadas e posteriormente o
lançamento do disco, todo mundo ficou se perguntando, isso é “ARTPOP”? Isso
é Lady Gaga? Isso é Atual? Não seria ousadia demais? Pretensão? Copia?
Criatividade demais? E então, choveu e trovejou criticas!
Mas todas essas criticas tem fundamento? Acho que não!
Empurrados pela antipatia de metade do mundo pela artista, “ARTPOP” já chegou
a ser considerado prematuramente um dos maiores desastres da década. Mas como
nós começamos esse texto, para entender “ARTPOP”, não basta só ser blogueiro,
conhecedor de musica, critico ou jornalista. Para entender “ARTPOP” o
principal conselho é ter sentimento!
O sentimento que me vem ao escutar as primeiras faixas de
“ARTPOP”, é um sentimento de evolução. Lady Gaga não é mais a mesma, mas também
não se encontrou. Em comparação aos outros discos e canções, “ARTPOP” é um
trabalho que traz uma musicalidade, pesquisa e liberdade. E é isso que
diferencia ele dos demais trabalhos de Senhora Gaga e do que vem sendo feito
pelos outros.
Infelizmente o disco vai tão bem no quesito pesquisa e
musicalidade, que talvez peca pelo excesso de informação! No cenário atual,
pode ser considerado mal feito, chato e confuso, mas ao meu ver, o disco é um
dicionário de influências musicais, que vão desde de batidas tecno à notas
solitárias de piano.
O maior defeito de “ARTPOP” nem é o disco e as musicas,
mais sim, a poluição publicitaria que foi feita em volta do trabalho, que até
mesmo antes do lançamento já tinha cansado não só a mídia, mas como boa parte
dos fans e críticos.
No mais, é um disco inovador, mas ao mesmo tempo me trás
uma sensação de passado, meio “vintage”, e no cenário atual dos "Hits de Bate
Cabelo”, não é uma das melhores opções para a grande massa de fans e
simpatizantes! Mas, daqui uns 50 anos, eu vou me lembrar da musicalidade da
canção “ARTPOP” e vou oferecer todos os meus “Applause” a uma obra criticada,
que não foi bem interpretada, que não foi bem em números, mas que é de extremo
bom gosto!
Nenhum comentário :
Postar um comentário